terça-feira, 25 de junho de 2013

Dicas para planejar e cumprir o planejado no trabalho

Quando o dia termina, você tem a sensação de que, mesmo tendo trabalhado muito, não fez nada do que deveria? Então você é uma proteladora! Calma, não estamos chamando ninguém de preguiçosa: proteladora não é a pessoa que não quer fazer o que precisa ser feito - é só alguém que quer, mas não consegue fazê-lo quando deveria. O pesquisador americano Piers Steel analisou 800 estudos sobre o assunto e identifciou os cinco principais motivos que nos fazem deixar as tarefas para depois. O bom é que ele também sabe driblar todos eles.
TrabalhoTrabalho / Reprodução
Me dá um impulso?
A dificuldade em resistir às tentações imediatas é a principal causa dos adiamentos. E tentação é o que não falta por aí - tem o Instagram, o Facebook, um café quentinho, o novo clipe da sua banda favorita... A culpa, neste caso, é do sistema límbico, a estrutura cerebral que faz a gente antecipar o prazer de alguma atividade. Um bom começo é tirar as tentações de perto!
Contra a impulsividade:
Desabilite as notificações do Outlook que pulam na tela a cada e-mail recebido. Desligue a internet do celular na hora em que precisar se concentrar em alguma atividade.
Dê um geral na mesa. Para quem é disperso, qualquer objeto é motivo para começar a pensar em assuntos diferentes do seu objetivo principal.
Acorde uma hora mais cedo para fazer algo pessoal antes de trabalhar. Pode ser correr ou tomar café com calma enquanto vê tevê. Começar o trabalho com a necessidade de distração satisfeita ajuda a concentrar.
Quanto mais tarde, mais arrastado
Trabalhar cansado é o segundo principal incentivo para deixar para depois. Os proteladores costumam passar o dia fazendo atividades de menor importância e só começam a tarefa mais essencial e complexa no fim do expediente. E aí acabam decidindo virar a noite à base de café e pó de guaraná para terminar o trabalho. Só que a essa altura, a energia já diminuiu e o rendimento é bem menor. Como a noite de sono foi curta, o cansaço aumenta no dia seguinte e esse círculo vicioso se repete. Resultado: trabalho mal feito e corpo esgotado.
Contra o cansaço:
Ataque sua principal tarefa assim que chegar ao trabalho. Se estiver desanimada, faça um autoacordo de se dedicar àquela atividade por pelo menos 15 minutos. Depois de começar, você não achá-la mais tão complicada assim.
Vá para cama todo dia mais ou menos no mesmo horário, deixe o quarto totalmente escuro e evite a internet ao menos uma hora antes de se deitar.
Deixar de usar o botão soneca do despertador é um ótimo exercício. Aquele tempo que você fica enrolando na cama não serve para nada: você não descansa nem faz o que deveria fazer.
Sempre a mesma coisa
Quanto mais monótono, burocrático e repetitivo for o seu trabalho, mais desinteressante ele vai se tornar ao longo do tempo. Sem desafios nem incentivos, você terá mais vontade de adiá-lo. Estar entediado com a atividade profissional é a terceira causa que mais leva as pessoas a protelar o que elas têm a fazer.
dormir enquanto trabalhadormir enquanto trabalha / Reprodução
Contra o tédio:
Desafie-se a realizar uma tarefa na metade do tempo. Ou desafie um colega a realizá-la mais rápido do que você. Jogar com uma obrigação chata é uma maneira de torná-la um pouco mais divertida.
Premie-se no final. Pode ser um lanche especial ou só um autoelogio. Steel diz que, se isso vira um hábito, a sensação de recompensa é antecipada e o trabalho se torna mais fácil.
Dome a arrogância. É normal começar no mercado fazendo algo que os profissionais que têm mais experiência não querem fazer. Mas ninguém é promovido por ficar reclamando de suas tarefas. Mesmo que você ache que o emprego não está à altura de suas qualificações, seja ótima no que faz para poder ganhar novas oportunidades.
Se joga, mulher!
Muita gente adia o que tem para fazer por achar que o resultado final certamente será um desastre. Pessoas tímidas que precisam lidar com o público tendem a ter esse tipo de comportamento. A insegurança pode causar tanta ansiedade que elas acabam evitando ao máximo lidar com a tarefa pendente. E, por ter sido adiado até o último minuto, o trabalho é feito às pressas - e aí tem mais chances de virar mesmo um grande desastre...
Contra a insegurança:
Se uma apresentação parece assustadora, divida-a em etapas. Em um dia, leia artigos sobre o assunto. No outro, liste suas ideias. Depois organize seus argumentos, faça slides e só aí treine sua fala. A confiança vai aumentar a cada passo.
Ter uma atividade paralela - como uma aula de dança, um esporte ou uma pós-graduação - pode ajudar a levantar a autoestima e dar um empurrão para transformar sua autoimagem.
Trabalhe com o seu maior talento. É muito mais fácil ser confiante e produtiva fazendo algo que você acha interessante e sabe realizar. Identifique quais são essas atividades e busque oportunidades para trabalhar nessas áreas.
Acreditar não resolve
Sabe aquela história de que "basta pensar positivo que as coisas acontecem"? Steel acha a ideia um perigo! Quem acredita que tudo vai dar certo e não faz nada para isso é geralmente quem deixa para terminar um relatório no último segundo, sem prever que emergências podem acontecer. "O excesso de confiança é um problema tão grande quanto a falta dela", diz.
Contra o otimismo exagerado:
Otimistas acham que o tempo é relativo e acabam agendando várias tarefas para o mesmo horário. Fuja disso usando uma única agenda e listando todos os compromissos, por menores que pareçam.
Imagine consequências horríveis caso você não consiga cumprir um prazo importante. A brincadeira mental pode evitar que você resolva tudo de última hora.

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