quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Saiba porque as crianças sentem medo

É na infância, sobretudo até os 5 anos, que uma série de temores aflora de maneira mais intensa. Aprenda a detectá-los e deixar os baixinhos mais tranquilos nessa hora
Médico
A criança já chega estressada à consulta. Tudo é diferente. Em seguida, fica sem roupa diante de um estranho com objetos ameaçadores, que são postos na garganta, no ouvido, no peito... Isso sem falar na injeção. Para minimizar o apavoramento que tanta novidade causa, brinquedos podem ser ótimos aliados.



Creche e Escola
É uma etapa difícil para qualquer criança: separar-se dos pais por períodos prolongados pela primeira vez. Os pequenos se sentem desprotegidos na fase de adaptação. Para seu filho ficar mais seguro, seja fiel aos horários. Esteja esperando por ele na hora da saída da creche ou da escola.



Alimentação
A comida leva a um círculo vicioso muito comum. Os pais querem que a criança coma, mas a criança não quer comer. E, quanto mais eles forçam, pior fica a situação. Resultado: o pequeno trava à mesa. Tornar a refeição um momento descontraído é uma boa forma de diluir esse amedrontamento. Procure enaltecer os prazeres proporcionados pelos alimentos (isso vale mais do que festejar quando a criança come ou castigar quando recusa um alimento).


Dor Permanente
Costuma estar associada a doenças. Por exemplo, à intolerância a algum tipo de alimento, como o leite. As cólicas persistentes fazem com que a criança fique alarmada diante da comida. Nessa situação, não engane seu filho. Diga a verdade sobre a relação entre o alimento e a dor que sente. O pediatra sempre poderá ajudar você a traduzir para a linguagem do pequeno essa relação.


Violência
É o tema mais difícil de abordar, mas infelizmente acontece com frequência. O pior é que essa causa tem a ver diretamente com os pais. Da negligência afetiva (mãe e pai que deixam os filhos emocionalmente desamparados porque estão sempre cansados do trabalho, por exemplo) à palmada, de ameaças a humilhações, todo tipo de sofrimento físico e psíquico causado à meninada pode gerar medo e marcar o pequeno pela vida toda


Escuridão
A falta de luz favorece a imaginação das crianças. Nesse cenário, vultos e sons podem ganhar dimensão e se transformar em figuras amedrontadoras na cabecinha delas. Alguns segundos no escuro antes de dormir, conversando com o pai ou a mãe, são uma forma de estimular a criança a vencer a inquietação. Deixar uma luz indireta próxima à cama também colabora.


Fantasia
Monstros, fantasmas, bichos-papões e homens do saco sempre farão parte do imaginário infantil. Afinal, são elementos presentes nas historinhas que as crianças ouvem e assistem e nas brincadeiras que fazem. Esse universo lúdico é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos ao estimular sua capacidade inventiva, função importante do pensamento. Mas ele também pode alimentar os chamados medos “inimigos”, principalmente quando os pequenos estão sozinhos ou no escuro. Nessa hora, a conversa e a brincadeira são as melhores ferramentas para ajudar meninos e meninas a lidar com suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em aliada no enfrentamento de medos (em vez de causá-los).

Terror Noturno
É um medo patológico que, estima-se, atinge até 15% das crianças em idade pré-escolar. As causas não estão totalmente esclarecidas. O pequeno acorda sobressaltado durante a noite e demonstra estar mais apavorado do que o razoável, com semblante de terror. É difícil acalmá-lo. Ele praticamente não consegue acordar completamente durante a crise e costuma transpirar bastante. O coração também dispara. Em geral, a criança não se lembra do que a assustou ou tem apenas uma lembrança imprecisa de algo pavoroso durante o sono. Nesse caso, é importante sempre tranquilizá-lo sem gritos e buscar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras.


Medo de Ficar Sozinho
Na cabeça da criança, a ausência de uma pessoa da família por perto pode significar que ela está à mercê de todos os perigos. Deixe absolutamente claro que ela não vai ficar desamparada e que você não vai desaparecer da vida dela! Mas fale sempre a verdade, de preferência olhando nos olhos dela. Diga ao pequeno que você vai, mas que volta. Em geral, é aconselhável estimular a criança a enfrentar esse medo aos poucos. Isso faz com que ela desenvolva a autoconfiança e se sinta cada vez mais segura. É importante não confundir medo com birra. O choro pode ter vários significados. Um escândalo na porta da escola ou na casa da avó nem sempre é sinal só de pavor. Fique atento ao semblante da criança e procure acalmá-la sempre, conversando.


Medos Reais
São os chamados medos “amigos” porque protegem a criança dos riscos oferecidos por escadas, estranhos, animais, lugares altos, água, por exemplo. Devem ser estimulados com informação para que ela desenvolva a cautela sem exageros. Assim, terá a percepção do risco e a atitude de autoproteção, conseguindo enfrentar a situação de uma maneira menos sofrida.



Medos comuns por idade
0 a 18 meses

Barulhos estranhos ou altos, luzes intensas, pessoas estranhas e riscos de quedas. O bebê chora ou fica irritadiço e agitado.

18 a 36 meses

Água, pessoas mascaradas (Papai Noel), escola e tudo o que for estranho à sua rotina. É importante saber que a zona de conforto do bebê está ligada à ordem.

3 a 5 anos

Fantasias assustadoras, como monstros e fantasmas. É a fase da imaginação fértil, que pode se intensificar na hora de dormir. Ela acontece por causa do desenvolvimento da massa cinzenta. Vale lembrar que a capacidade de imaginação aumenta à medida que ocorre o desenvolvimento biológico do cérebro.

A partir dos 6 anos

Medos mais vinculados à realidade, como o de ladrões e o de acidentes em geral. A família deve transmitir a malícia necessária para a criança ter segurança. Nessa hora, é importante demonstrar como agir em uma piscina ou, então, o que fazer diante do assédio de estranhos.

Como lidar com o medo infantil

- Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal (ou inimigo): ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em uma aliada no confronto dos medos (em vez de causá-los).

- Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia.

- Fale a verdade sobre os medos reais (ou amigos) para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la.

- Brinque com seu filho e entre na fantasia dele (a do bicho-papão, por exemplo): experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.

- Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital.

- Avalie a intensidade do medo e fique atenta para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida.

- Faça a apresentação formal das pessoas para que a criança saiba que aquele estranho tem autorização do pai para se aproximar. É verdade que nem sempre isso funciona. Nesse caso, é preciso ter paciência e saber dar tempo ao tempo. Essa fase passa. Mas é importante não confundir o choro da criança que fica sem a mãe a semana inteira e não quer largar o colo no fim de semana do choro de medo de estranhos.

- Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transicionais, que reduzem a ansiedade da criança durante a passagem da vida desperta para o sono. Pode ser o famoso ursinho, o naná, a boneca e até a mantinha. O importante é que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir.

- Jamais use o medo da criança como meio de poder: além de cruéis, ameaças de deixar o filho sozinho ou no escuro reforçam o medo inimigo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Conheça as plantas medicinais que vão te livrar das doenças de inverno

Descubra quais são as plantas medicinais que ajudam a acabar com as doenças típicas da época mais fria do ano




Plantas medicinais são uma boa alternativa para tratar os males do inverno. "Elas aumentam a proteção do sistema imunológico", explica o fitoterapeuta Hilton Claudino, de São Paulo. Mas o ideal é procurar um especialista na área. Eles indicam as ervas certas e conhecem os melhores lugares para comprar as plantas. "Elas devem ser utilizadas da maneira correta", esclarece o fitoterapeuta André Resende. Anote as receitas sugeridas pelos especialistas:


Sálvia acalma a sinusite

Além de aliviar a sinusite, a sálvia combate cálculo renal, reumatismo e dores de cabeça.

Faça em casa: Coloque 1 colher (sopa) de emburana, 1 colher (sopa) de zimbro, 1 colher (sopa) de sálvia, 1 colher (sopa) de casca de sucupira, 1 colher (sopa) de alfavaca, 1 colher (sopa) de avenca e 1 colher (sopa) de mastruço em 1 litro de água fervente. Deixe ferver por mais 3 minutos. Coe e adoce com mel. Tome 1 xícara de chá 5 vezes ao dia por 30 dias.

Cuidado: Esse chá não é indicado para mulheres grávidas.


Eucalipto contra rinite

Além de ser expectorante e combater os principais sintomas de gripes e resfriados, essa planta ameniza outros problemas respiratórios, como bronquite, rinite e sinusite.

Faça em casa: Coloque 1 colher (chá) de folhas de eucalipto numa xícara e cubra com água fervente. Tampe e espere a bebida ficar morna. Depois é só coar e beber, adoçando com mel, caso seja necessário.

Cuidado: O eucalipto é contra-indicado para crianças, gestantes e mulheres que estão amamentando.


Hortelã previne bronquite

O cheirinho de frescor da hortelã faz muito mais do que trazer bem-estar aos ambientes da casa. Ele também relaxa e combate inflamações na faringe, gripe, tosse, bronquite e sinusite.

Faça em casa: Bata no liquidificador eucalipto, hortelã, menta, cravo-da-índia e manjericão (10 g de cada ingrediente) com 1 litro de álcool de cereais. Deixe descansar por duas horas e repita o processo. Filtre e coloque num vidro ou borrifador. Espalhe pela casa duas vezes ao dia.


Limão espanta a gripe

O limão tem uma grande variedade de usos medicinais. Rico em vitamina C e sais minerais, o fruto é ótimo para curar e prevenir a gripe. E ele também conta com propriedades antibacterianas.

Faça em casa: Coloque 2 copos de água para ferver. Acrescente 1 limão com casca cortado ao meio, 1 pedaço de casca de canela, 2 rodelas de gengibre, 1 punhado de eucalipto e 1 punhado de hortelã. Deixe ferver por mais 3 minutos. Desligue o fogo, adoce com mel e tome 1 xícara de chá morno a cada duas horas.


Alecrim baixa a febre

Além de ter um aroma refrescante, esse arbusto atua no tratamento de asma, coqueluche, bronquite, pressão alta, estresse e combate febres altas.

Faça em casa: Coloque 1 litro de água para ferver e acrescente 1 colher (sopa) de sabugueiro, 1 colher (sopa) de anis- estrelado, 1 colher (sopa) de alecrim, 1 colher (sopa) de alfavaca, 1 colher (sopa) de hortelã e 1 colher (sopa) de eucalipto. Atenção: essas ervas devem estar trituradas! Deixe ferver por mais três minutos, coe e adoce com mel. Tome 1 xícara de chá a cada três horas.


Canela desinflama a garganta

Essa especiaria age contra fungos, bactérias e parasitas e é indicada para combater a inflamação da garganta.

Faça em casa: Bata no liquidificador um pedaço de nabo (com o tamanho de 5 dedos), 1 col. (sopa) de gengibre em pó, 1 col. (sopa) de canela em pó, um punhado de hortelã fresca, 1 col. (sopa) de casca de romã ralada, 2 copos de mel e 1 xícara (café) de conhaque. Coloque em um pote com tampa. Tome 1 colher de sopa quatro vezes ao dia. Válido durante 60 dias.




Via: Ana Maria

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mioma Uterino


Sinônimos: Fibroma uterino
Fibromas uterinos são tumores não cancerígenos (benignos) que se desenvolvem no útero, um órgão reprodutivo feminino.

Causas

Os fibromas uterinos são comuns. Uma em cada cinco mulheres pode ter fibromas durante a idade fértil (o tempo desde a menarca até a menopausa). Metade das mulheres têm fibromas quando chegam aos 50 anos.
Os fibromas são raros em mulheres com menos de 20 anos. Eles são mais comuns em afro-americanas do que em brancas.
A causa do fibroma uterino é desconhecida. No entanto, seu crescimento tem sido vinculado ao hormônio estrogênio. Se a mulher com fibroma continuar menstruando, o fibroma continuará crescendo, geralmente de forma lenta.
Os fibromas podem ser tão pequenos que é preciso usar um microscópio para vê-los. No entanto, eles podem ficar muito grandes. Eles podem ocupar todo o útero e pesar alguns quilos. Embora seja possível que apenas um fibroma se desenvolva, geralmente há mais de um.
Os fibromas são muitas vezes descritos de acordo com sua localização no útero:
  • Miometrial na parede muscular do útero
  • Submucosal - embaixo da superfície da mucosa do útero
  • Subserosal - embaixo do revestimento externo do útero
  • Pendunculado - ocorre em um talo longo na parte externa do útero ou dentro da cavidade uterina

Exames

O médico realizará um exame pélvico. Esse exame poderá mostrar uma alteração no formato do seu útero.
Pode ser difícil identificar fibromas, principalmente se você estiver muito acima do peso.
Uma ultrassonografia pode ser feita para confirmar o diagnóstico. Às vezes, é feita uma ressonância magnética pélvica.
Uma biópsia endometrial (biópsia da mucosa uterina) ou laparoscopia pode ser necessária para excluir a possibilidade de câncer.

Sintomas de Mioma uterino

Os sintomas mais comuns de fibromas uterinos são:
  • Sangramento entre as menstruações
  • Fluxo menstrual intenso (menorragia), às vezes com passagem de coágulos
  • Ciclos menstruais mais longos que o normal
  • Necessidade de urinar com mais frequência
  • Cólica ou dor no período menstrual
  • Sensação de inchaço ou pressão na parte inferior do abdome
  • Dor durante a relação sexual
Observação: Geralmente não há sintomas. Seu médico poderá identificar os fibromas durante um exame físico ou outro exame. Os fibromas geralmente diminuem e não causam sintomas em mulheres que passaram pela menopausa.

Buscando ajuda médica

Ligue para seu médico se você tiver:
  • Alterações nos períodos menstruais, incluindo sangramento intenso, cólicas mais fortes ou sangramentos entre os períodos menstruais
  • Sensação de inchaço ou peso na parte inferior do abdome

Tratamento de Mioma uterino

O tratamento depende de vários fatores, incluindo:
  • Sua idade
  • Saúde geral
  • Gravidade dos sintomas
  • Tipo de fibroma
  • Se você está grávida
  • Se quer ter filhos no futuro
Algumas mulheres podem precisar fazer exames pélvicos ou uma ultrassonografia regularmente para monitorar o crescimento do fibroma.
O tratamento dos sintomas de fibroma pode incluir:
  • Pílulas anticoncepcionais (contraceptivos orais) para ajudar a controlar fluxos menstruais intensos
  • Dispositivos intrauterinos (DIUs) para liberar o hormônio progestina que ajuda a reduzir o fluxo intenso e a dor
  • Suplementos de ferro para prevenir ou tratar a anemia devido a fluxos menstruais intensos
  • Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), como ibuprofeno ou naprosyn para cólica ou dor
  • Injeções de tratamento hormonal de curto prazo para ajudar a diminuir os fibromas
As cirurgias e os procedimentos usados para tratar fibromas incluem:
  • Ressecção histeroscópica de fibromas: As mulheres que têm fibromas que crescem dentro da cavidade uterina podem precisar desse procedimento ambulatorial para remover tumores fibroides.
  • Embolização arterial uterina: Esse procedimento interrompe a circulação sanguínea no fibroma, o que faz com ele necrose e diminua. As mulheres que desejam engravidar no futuro devem discutir esse procedimento com o médico.
  • Miomectomia: Essa cirurgia remove os fibromas. Esse costuma ser o tratamento escolhido para mulheres que querem ter filhos, pois preserva a fertilidade. Mais fibromas podem se desenvolver após uma miomectomia.
  • Histerectomia: Essa cirurgia invasiva pode ser uma opção se os medicamentos não funcionarem e outras cirurgias e procedimentos não forem uma opção.

Expectativas

Algumas mulheres com fibromas não têm sintomas e podem não precisar de tratamento.
Durante a gravidez, os fibromas existentes podem crescer devido ao aumento do fluxo sanguíneo e dos níveis de estrogênio. Os fibromas geralmente voltam ao tamanho normal depois que o bebê nasce.

Complicações possíveis

As complicações dos fibromas incluem:
  • Dor aguda ou sangramento forte que pode exigir uma cirurgia de emergência
  • Torção do fibroma, o que causa um bloqueio nos vasos sanguíneos próximos que alimentam o tumor. Nesse caso, uma cirurgia pode ser necessária
  • Anemia (baixa contagem de glóbulos vermelhos) se o sangramento for muito intenso
  • Infecções no trato urinário se a pressão do fibroma impedir que a bexiga seja esvaziada completamente
  • Alterações cancerígenas chamadas leiomiosarcoma (raro)
Em casos raros, os fibromas podem causar infertilidade. Os fibromas também podem causar complicações se você ficar grávida, embora o risco seja muito pequeno:
  • Algumas mulheres grávidas com fibromas podem ter um parto prematuro porque não há espaço suficiente no útero.
  • Uma cesariana poderá ser necessária se o fibroma bloquear o canal vaginal ou deixar o bebê em uma posição perigosa.
  • Algumas mulheres grávidas com fibromas têm sangramentos intensos logo após o parto.