segunda-feira, 15 de julho de 2013

8 formas de identificar um cafageste


homem-cafajeste
Outro dia, o site Exame.com publicou uma interessante reportagem sobre como identificar um picareta. A matéria falava sobre desmascarar aqueles que se saem bem em uma entrevista de emprego mesmo sem estarem aptos para o cargo. Mas fiquei pensando se o conceito não poderia ser útil também em um primeiro encontro, ajudando as leitoras a identificar um cafajeste antes de entregar seu coração a ele.
Pode ser uma maneira prática de se administrar as emoções. A visão é simples: se você não colocaria sua empresa nas mãos de qualquer um, por que fazer isso com seus sentimentos? Portanto, peço licença para me apropriar do trabalho da repórter da Exame – que foi atrás de especialistas antes de estabelecer os pontos observados – e imaginar se isso se aplica no terreno amoroso. Ou seja, onde se vê “candidato”, lê-se “pretendente”.

1 – O candidato cita grandes feitos em um curto período
Nem bem vocês chegaram ao restaurante e o sujeito já te contou tudo de espetacular que fez na vida? Provavelmente, vai passar a noite se vangloriando. Mesmo quando o assunto for você, ele dá um jeito de voltar ao centro da conversa. Não estranhe se acabar exagerando um pouco, contando que já pisou na Lua, enfrentou um leão de duas cabeças e descobriu a cura para o câncer. Quem precisa se vender o tempo todo sempre terá medo de mostrar quem realmente é. Afinal, ninguém coloca no currículo as cabeçadas que deu por aí.

2 – Observar a linguagem corporal
Sempre fui analfabeto nessa história de ler os gestos da outra pessoa. E não sou desses que acha que toda vez que uma mulher mexe no cabelo dela está a fim de mim – se fosse verdade, passei a vida perdendo oportunidades, pois vocês não largam as madeixas. Mesmo assim, acho que dá para sacar quando o fulano está fazendo pose demais na hora da conquista. É normal rolar algum teatrinho na paquera, pois a sedução exige certa atuação. Mas as pessoas costumam desviar o olhar quando contam uma mentira mais comprometedora. Preste bem atenção em como ele se comporta quando disser que está solteiro. Olhou para baixo, quase certo que tem outra.

3 – Reparar no tom de voz
Ok, talvez você precise ser investigador da CIA para perceber as nuances da fala quando uma pessoa está passando uma lorota. Mas é sabido que mudanças constantes de tom de voz entregam, ao menos, que existe desconforto com a pergunta feita. Ou ele é apenas mais tímido do que quer aparentar e gaguejou justamente por estar interessado de verdade.

4 – Elaborar perguntas situacionais e não hipotéticas
Perguntas diretas exigem respostas sinceras. Correndo o risco de transformar um programa divertido em um interrogatório tenso – e parecer uma megera -, algumas questões precisam ficar bem claras desde o início. O cara contou que terminou um relacionamento há pouco tempo? Melhor saber direto em que pé está este rompimento, para não ser usada como prêmio de consolação ou deixar os laços soltos dele afetarem vocês. Para isso, não adianta perguntar “como reagiria se encontrasse com a ex hoje”. Vá logo para o “você ainda sente falta dela?”. É sim ou não, sem enrolação.

5 – Fazer perguntas inquisitivas
Também não precisa assustar o coitado, colocando-o contra a parede por qualquer coisinha à toa. Mas se ficar com a pulga atrás da orelha por algo mais sério, melhor tirar a dúvida logo do que mergulhar no escuro. Ele parece preocupado demais se os outros homens ao redor te olham? Não fique encucada e pergunte na lata o quanto ele é ciumento e veja se responde confiante ou fica na defensiva.

6 – Checar referências
No mercado profissional, é normal conferir como foram as passagens por outras empresas do potencial candidato e confirmar suas qualificações. Mas você vai parecer uma louca ligando para ex-namoradas dele para saber se ele é carinhoso, bom amante e fiel. Tenho certeza de que um dia vão inventar um aplicativo para você baixar todas essas informações no celular no meio do jantar. Por enquanto, é possível dar uma olhada no Facebook do alvo, o que não fere a integridade de ninguém (cuidado apenas para não pré-julgar). O melhor ainda é dar um toque para amigos em comum que possam dizer simplesmente “vai fundo” ou “fuja”.

7 – Conferir documentos
Aposto que todo mundo está pensando besteira agora. Tudo bem se quiser dar uma conferida nos “documentos” dele. Mas isso não te dirá nada sobre o caráter e a personalidade. Alguns atributos do candidato você só descobre quando o coloca para trabalhar mesmo. O que você pode é preencher os buracos no histórico dele, pedindo com jeito algo que ateste o que ele está dizendo. “Quero uma cópia autografada desse livro que você escreveu” ou “quando posso ouvir sua banda tocar?” são bons exemplos.

8 – Aplicar testes comportamentais
A menos que você trabalhe com Recursos Humanos, acho que ninguém terá acesso a uma equipe de psicólogos para fazer o pretendente responder a uma série perguntas de múltipla escolha durante um encontro (ou desenhar uma casa e uma árvore). Mas acho plausível reparar como o outro se comporta em determinadas situações. Por exemplo, ficar de olho no modo como ele trata o garçom e o manobrista. Ou qual a reação dele quando você propõe dividir a conta. Tudo isso diz um pouco sobre ele (pelo menos, se trata-se de um reacionário incurável ou machista orgulhoso).

Claro, há uma grande distância entre a forma como agimos no trabalho e o modo de levarmos a vida pessoal – se acha que “contratar” alguém assim é complicado, imagine “demitir” a pessoa como se fosse um empresário. Mas se há algo que o mundo dos negócios ensina aos amantes é que insistir no erro pode levar à bancarrota. Fica a lição. Quem sabe não é assim que as pessoas encontram alguém realmente merecedora de uma promoção.

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